domingo, 18 de outubro de 2009

UM NOVO JEITO DE LOUVAR AO SENHOR!

Naquele dia, o grupo de adolescentes se reuniu na casa do Daso. Ele voltara do 'Palavra da Vida', onde passou um ano estudando a Bíblia. Voltou com novas ideias e propostas.

Era um tempo em que quase não havia atuação dos jovens na Igreja Metodista da Asa Sul. Era o ano de 1971. Os jovens da década anterior haviam se dispersado, um pouco por influência da repressão da ditadura que o país vivia àquela época.

As igrejas eram formais. A música tradicional. Os cultos, solenes!

Daso trazia novas ideias e propostas. Foi criado um Clube Bíblico não só com a participação dos jovens e juvenis da IMAS, mas também de outras igrejas metodistas e demais igrejas evangélicas.

Reuniam-se aos domingos à tarde, cada vez na casa de um, que oferecia o lanche, devorado pelos adolescentes famintos após aqueles momentos alegres de louvor, estudos e oração. Eram cânticos acompanhados pelo violão do Quico, estudos da Palavra voltados para a realidade dos jovens e momentos de oração. O “Deus grandão que outrora morava no céu”, passou a ser íntimo e chamado de “Paizinho”... com encontro marcado diariamente na “hora silenciosa” e nas reuniões semanais das células do E.C.O. - Estudando, Compartilhando, Orando.

Foi desse núcleo que surgiu o “Ele Vive”, um grupo que inaugurava, na Igreja da Asa Sul, e nas demais Igrejas Evangélicas do DF, uma nova forma de louvor.

O violão, as palmas e os cânticos com novos ritmos invadiram os templos, convivendo com a solenidade dos cultos tradicionais. Os jovens alegres e sorridentes não só cantavam, mas testemunhavam a “grande transformação” que Deus havia feito em suas vidas... de adolescentes criados na Igreja, sem nunca ter tido experiência fora desse contexto.

Hoje, olhando para trás, lembro com carinho dessas cenas. A partir dali, muita coisa mudou na vida daqueles jovens e da Igreja. Alguns, que começavam a se afastar, foram atraídos de volta ao seio sagrado da convivência saudável. Mais do que um grupo de participantes daqueles trabalhos, os laços de amizade se aprofundaram e se tornaram perenes. Muitos casamentos nasceram daquele grupo, gerando os filhos, a terceira geração da Igreja Metodista da Asa Sul.

Foi a primeira semente para novos tempos na forma de louvar ao Senhor!

Dulcinéa Cassis

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